A frase desse contista e poeta brasileiro traduz bem um uso que tenho feito dessa maldita companheira (rsrs). É interessante como o pensamento pode tirar proveito inclusive daquilo que o atormenta constantemente. Em uma das visitas que essa "garbosa senhora" me fez, tive a oportunidade de refletir sobre um ponto que gostaria de comentar aqui, a saber, o poder de uma ideia. Não sei se ficarei só nesse post referente a esse assunto, até mesmo porque estou escrevendo de supetão graças à minha amiga que resolveu me visitar de novo.
A próxima frase pode até ser uma falácia, mas vou me permitir nesse ensaio uma certa liberdade poética. Sendo assim, parece que todo mundo tem, já teve, vai ter, ou adora ter uma ideia pra se defender com unhas e dentes, para se agarrar a ela, ou a elas, e fazer dessas ideias o fim último de suas atividades. Eu pessoalmente não vejo problemas quanto a isso. Aliás, vejo problemas em quem diz que não tem uma..., acho improvável. Ter uma ideia pra se defender nos dá um sentimento de pertencimento, seja a um grupo (de qualquer tipo), seja a uma ideologia (como diria Cazuza). Enfim, parece que precisamos das ideias. E pra felicidade dos platônicos, esse aristotélico aqui tem que admitir o poder criador, mas também destruidor, das ideias. Nesse momento mesmo, uma única ideia me faz criar esse texto, e ao mesmo tempo me retira o sono e abre as portas para aquela maldita senhora que citei mais acima. Ao mesmo tempo, uma ideia pode ser criadora e destruidora, ao mesmo tempo, uma ideia é sempre uma ideia.
Não vou fazer críticas às inúmeras ideias espalhadas por aí e que não concordo, nem fazer defesa das várias que construíram minhas opiniões e substituíram outras. Isso mesmo! Substituíram! Porque não acredito que uma ideia seja destruída, ela pode ser no máximo esquecida e colocada em estado de hibernação, pode ser facilmente substituída, mas uma vez criada, uma ideia é à prova de destruição. Também não vou dizer qual é a ideia que, ou as ideias que me atormentam. Apenas gostaria de aproveitar essa insônia de um modo razoavelmente produtivo pra começar uma análise que certamente irá se estender a outros posts, o de que sem ideias nada somos. E não importa qual seja a ideia, sempre haverá uma para se cogitar. E sempre cogitaremos uma, defenderemos uma, criticaremos uma, omitiremos uma, desejaremos uma, etc. O problema é não estar apto a defender a ideia que supostamente defendemos. O problema é ter medo de uma ideia e não saber lutar com ou contra ela. Nesse sentido, uma ideia, enquanto ideia, jamais será errada, mas ao se chocar com outras ideias, ela se tornará passível de avaliação. Isoladamente, uma ideia chega a ser até inofensiva, apenas uma ideia, mas posta em movimento, se comparada a outras, uma ideia pode ser tornar um problema, pode se tornar uma solução, passa a ser uma ideia como a conhecemos. Nesse momento mesmo, a ideia defendida nesse texto chulo, de que ideias estão sempre presentes na mente humana e possuem as características aqui já elencadas, ela pode encontrar uma outra inversamente proporcional cuja existência vise somente a negação desta. Um leitor pode muito bem se manifestar e dizer que ideias não possuem tais características, mas isso não destruirá a minha ideia de que ideias estarão sempre presentes na mente humana, seja construindo algo, ou destruindo algo. Assim como uma única ideia passa por minha cabeça agora e me faz chocar os dedos contra o teclado numa tentativa vã de consolo, tenho plena certeza que no mínimo uma ideia passa pela SUA cabeça ao ler essa porcaria de post...
Como diria V, "ideias são à prova de balas...", eu acrescentaria algo mais, e diria que ideias são como balas, como facas, ideias são apenas ideias...
Thiago Oliveira
P.s: detesto quando pareço hegeliano...
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