quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Documentário sobre a escolarização do mundo

Um bom texto com informações importantíssimas para educadores e futuros educadores. O texto é sobre um documentário que mostra muito bem como a escolarização pode destruir determinadas culturas e valores. Vale a pena ler e assistir ao documentário.

Como é possível criar condições para uma educação que permita, ao mesmo tempo, uma autonomia do indivíduo sem impor valores que lhes sejam externos ou estranhos à sua cultura? É possível falar em uma educação ideal? Ora, pode não haver uma educação ideal, mas é possível falar em uma escolarização como ferramenta de colonização e homogeneização cultural, o que se configura um grave problema.


Escolarizando o mundo

Documentário disponível no YouTube com legendas em português aborda a educação escolar como ferramenta de colonização e de homogeneização cultural.
Por: Vera Rita da Costa
Publicado em 23/01/2014 | Atualizado em 23/01/2014
Escolarizando o mundo
A chamada principal de ‘Escolarizando o mundo’ resume bem a mensagem presente em todo o documentário: “Se quisesse destruir uma cultura, por onde começaria? ...Pelas crianças.” (foto: Divulgação)
Depois de assistir ao documentário Escolarizando o mundo – o último fardo do homem branco, responda a pergunta: Você perdeu o sono? Se sim, saberemos que trabalha com educação, pois não há como assisti-lo e sair incólume dessa experiência. E mesmo para quem não trabalha diretamente na área, eis aí uma produção que dá o que pensar. 
Não se trata de algo novo. Na realidade, o documentário é uma produção de 2011. A novidade é que ele se encontra disponível agora no YouTube, legendando em português,  o que o tem feito circular como referência pelas redes sociais e gerar inúmeros comentários, sobretudo em grupos de professores e outros profissionais envolvidos com educação. 
O filme mostra um lado perverso da educação: a possibilidade de, se mal utilizada, a escola servir à extinção das culturas e à perda da diversidade cultural
Vale conferir. O filme é uma co-produção americana e indiana. Dirigido e editado por Carol Back, aborda de forma contundente o fato de a educação escolar ter servido, ao longo dos últimos séculos, à colonização e estar servindo, atualmente, à homogeneização cultural. Em outras palavras, com o documentário se mostra um lado perverso da educação para o qual nem sempre voltamos os olhos: a possibilidade de, se mal utilizada, a escola servir à extinção das culturas e à perda da diversidade cultural.
Nem sempre a educação e a boa vontade dos educadores se prestam à emancipação e à autonomia. Aliás, esse é um dos aspectos analisados no filme que mais chamam a atenção: em todo o mundo são frequentes ações voluntárias de organizações não governamentais ou de indivíduos bem intencionados em prol da educação de populações locais. Nem sempre, no entanto, essas ações vêm acompanhadas da plena consciência do processo mais amplo em que estão inseridas e que, em geral, envolve a espoliação de territórios e a desvalorização de saberes tradicionais.

Diversidade cultural em risco

Escolarizando o mundo foi filmado, principalmente, em Ladakh, região situada no sudeste da Ásia e conhecida como ‘pequeno Tibet’, palco de disputas políticas entre Índia, Paquistão e China, em uma região do Himalaia (a parte oriental e sob controle indiano) onde a cultura budista tibetana luta por manter vivas as suas tradições e a sua língua original. É com base, portanto, no que vem acontecendo em Ladakh, mas não apenas restrito a esse local, que o filme procura tornar explícitas as premissas ocultas por trás de projetos de escolarização em andamento em várias partes do mundo. Entre elas, destaca-se a falsa ideia de que os valores e o modo de vida ocidental são superiores e absolutos, vias de acesso garantido para uma vida melhor. 
Como revela o documentário, não necessariamente essas promessas são verdadeiras e, na maior parte das vezes, mostram-se fábulas irreais. Muitos jovens têm sido apartados de suas localidades e se deslocado para os grandes centros urbanos, deixando para trás suas famílias e raízes culturais. Os efeitos desse processo são muitos e danosos: vão desde a desistência da agricultura ou a sobrecarga de trabalho para mulheres e idosos, que se veem deixados para trás pelos jovens que migram, até o abandono desses mesmos jovens, que se veem desempregados ou subempregados em grandes centros urbanos, em uma situação limítrofe de recusa e crítica a sua própria cultura e de não assimilação da cultura idealizada. 
caricatura escola
A caricatura ironiza um dos piores mitos alimentados pela sociedade ocidental: o de que a escolarização tradicional é a única forma legítima de criar e educar as crianças. (ilustração: Divulgação)
Ou seja, longe de cumprir as promessas anunciadas, a disseminação dos valores e do modo de vida ocidental entre populações autóctones, promovida deliberadamente por meio da escolarização, tem levado em muitos casos à destruição das identidades locais e à homogeneização cultural humana.  A troca dos modos de vida tradicionais pela adoção de uma cultura de subempregos escassos em sociedades urbanas e de consumo, cuja ênfase encontra-se apenas no sucesso material, tem, portanto, um altíssimo custo para essas populações, defende o documentário.
Em Escolarizando o mundo, as imagens são o recurso mais valioso usado pelos produtores para chamar nossa atenção para o contraste entre os modos de vida locais e o modo de vida global, proposto atualmente. Imagens lindíssimas da região da cordilheira do Himalaia (e que envolvem também cenas do modo de vida tradicional lá praticado) contrastam com as de grandes cidades, para onde os jovens migram em busca de escolarização, ascensão social e poder de consumo.

História e debate

Merecem destaque também a pesquisa histórica feita para o documentário, que revela o uso deliberado da escolarização pelos Estados Unidos e pela Inglaterra no período colonial, e a rica discussão promovida entre os convidados: Wade Davis, da National Geographic Society,  Helena Norberg- Hodge, da The International Society for Ecology and Culture  (ISEC),  Vandana Shiva, da Navdanya – Foundation for Science, Technology and Ecology (RFSTE), Manish Jain, da  Shikshantar -- The People’s Institute for Rethinking Education and Development, e Dolma Tsering, líder na Aliança das Mulheres de Ladakh.
Davis: "As culturas tradicionais são como ecossistemas, formam uma rede complexa de relações entre pessoas e o local em que vivem"
Entre os argumentos apresentados na discussão, destaca-se a intervenção do antropólogo e etnobotânico canadense Wade Davis. Ele defende que as culturas tradicionais são como ecossistemas, formam uma rede complexa de relações entre pessoas e o local em que vivem, e as mudanças repentinas, como aquelas introduzidas pelo modelo ocidental e atual de escolarização, têm colocado em risco e provocado a extinção de culturas ricas e adaptadas, em um processo que é fruto de nossa “miopia cultural”. Para Wade, pensar que apenas a forma tradicional de criar e educar as crianças por meio da escolarização é a única legítima é uma arrogância e um dos piores mitos alimentados pela sociedade ocidental. 
Também são interessantes as ponderações feitas da linguista Helena Norberg-Hodge, ex-professora do Smithsonian Institution e atual diretora do ISEC, instituição que se dedica a estudar as causas das crises sociais e ambientais e a promover ações sustentáveis e equitativas no modo de viver de populações em risco. Praticamente um mesmo currículo é empregado na escola em todo o mundo, com a finalidade de “treinar pessoas para empregos escassos em uma cultura urbana e de consumo”, e a escolarização ocidental é a principal responsável por introduzir a “monocultura humana” ao redor do planeta, denuncia. Segundo ela, por meio desse modelo de escolarização, estamos “colocando em risco a diversidade de culturas e a diversidade de indivíduos únicos”. 

Assista ao documentário na íntegra:



Em concordância com essa visão e em defesa de uma revisão de nossa forma de educar as crianças, Wade Davis argumenta que diferentes formas de saber, de ser e de aprender criam diferentes seres humanos e definem formas diversas de se relacionar com o ambiente. Já por meio da escolarização nos moldes ocidentais e tradicionais, impõe-se a ideia de que os “outros povos não educam”, de que suas culturas “são tentativas falhas de ser igual a nós” ou ainda “tentativas falhas de modernidade”. 
O que se busca é um contra-argumento à proposição de escolarização universal, um alerta para a necessidade de maior consciência sobre o porquê, para que e como educamos e um apelo ao respeito pela diversidade
Ao contrário disso – defende Davis – esses modos de educar e viver são “facetas únicas da imaginação humana” e deveriam ser encarados como peças chave do repertório de “soluções criativas” que os humanos desenvolveram ao longo da história humana para se relacionar harmônica e adaptativamente com o mundo. 
Talvez ao ler esse relato você imagine que o documentário em questão possa ser piegas e apelativo ou até romantizar as culturas tradicionais e demonizar a educação ocidental. Mas não se trata disso: não há no documentário esse tipo de generalização ou a ideia simplista de que as culturas tradicionais são perfeitas e a escola, de forma geral, uma ameaça. O que se busca é um contra-argumento à proposição de escolarização universal, um alerta para a necessidade de maior consciência sobre o porquê, para que e como educamos e um apelo ao respeito pela diversidade. 
Assista ao filme e tire suas próprias conclusões. Além disso, aproveite para visitar apágina oficial do documentário na internet. Há, nela, recursos interessantes de aprendizagem que podem ser úteis, como sugestões de mais vídeos, filmes, livros e artigos, além de um guia de discussão para o próprio filme, como ideias para debates, projetos e atividades em grupo e individuais que podem ser adaptados para o ensino médio ou universitário. 

Vera Rita da Costa
Ciência Hoje/ SP

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Porque Filosofia não é esse monstro...

‘Obscurity is the refuge of incompetence’. 

No jogo das aparências, muitos filósofos farão com que suas argumentações pareçam complexas e profundas, cheias de teses com alto grau de importâncias, mas por trás dessa obscuridade pode estar contido muito mais uma incompetência de se fazer entender e de explicar um assunto do que realmente uma grande sabedoria. Filosofia não deve ser algo misterioso, ela não é astrologia. Por isso prefiro Hume a Hegel, Aristóteles a Heidegger. Enfim, poderia citar uma infinidade de Filósofos que cumpriram, na História da Filosofia, unicamente o papel de confundi-la com um saber quase incompreensível.

Recomendo que que leiam, alunos e leitores de filosofia.


The Importance of Clarity in Philosophy: a short interview with Nigel Warburton

24 January 2014
Last update: 24/01/14 11:49
Stephen Law
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The Importance of Clarity in Philosophy
This interview was adapted from the Introduction to the Spring 2014 issue of Think: Philosophy for Everyone. Nigel Warburton is a freelance philosopher. He is one of the world’s foremost popularizers of philosophy, and has a particular gift for explaining things clearly. I asked him a few questions about clarity.
At the top of your website The Virtual Philosopher you quote John Searle: ‘If you can’t say it clearly, you don’t understand it yourself’. What is clarity, and why is it important in philosophy?
Clarity is expressing yourself in a way that allows readers to follow what you are saying. It minimizes the risk of misinterpretation. Clarity contrasts with obscurity. Obscurity leaves at least some readers in the dark about your meaning. I like the quotation from Searle. I like another quotation from the author Robert Heinlein too: ‘Obscurity is the refuge of incompetence’. Obviously in some sorts of writing obscurity doesn’t matter so much: some writers want to be interpreted in a variety of possibly contradictory ways. But Philosophy shouldn’t be like this.
Clarity is important in Philosophy because life is short. Another reason why it is important is that many lightweight thinkers are attracted to Philosophy because it seems to promise them power through looking clever. Hiding behind a veil of obscurity is one way in which such people have traditionally duped their readership. Philosophy thrives on debate: if you can’t understand what someone is saying the collaborative aspect of philosophy is likely to wither and much ink will be spent on the vexed question of what a particular philosopher could possibly mean by his or her oracular pronouncements. All that before we ever get on to the important question of whether what that philosopher said was true or worth saying. Philosophy thrives on debate and discussion, but if you don’t really know what someone is trying to say, how can you discuss it?
If I find something is said very unclearly, can I really be confident the author doesn’t understand it him or herself?
No. It is possible that the person saying it is just not a very good writer or speaker. But, on the other hand, obscurity cannot be good evidence that someone does understand something. My own experience has been that I’ve understood philosophical ideas far better once I tried to explain them to someone else. Teaching bright students, preferably students who aren’t afraid to ask difficult (or obvious) questions is one of the best ways to get straight about an idea.
Might the lack of clarity in the writing of some philosophers be due to the fact that what they are dealing with is so deep? As we peer further into the depths, so the shadows inevitably grow deeper?
The history of philosophy includes many examples of beautiful clarity about deep subjects. Think of the writings of David Hume, for example. More recently, Thomas Nagel and Daniel Dennett have demonstrated that it is possible to write clearly about some of the most difficult philosophical problems about the mind; Jonathan Glover and Peter Singer have done the same in the area of ethics. Sometimes philosophers have to say very clearly ‘we are in the dark about this’. They might choose to communicate this indirectly rather than stating it directly. But that need not involve obscurity of language, nor even of meaning.
What would be your five key tips for thinking and writing clearly?
  • Care about being understood.
  • Read George Orwell’s essay ‘Politics and the English Language’ (1946). It has excellent practical advice about writing to be understood.
  • Use examples. These can be highly imaginative and creative. This will force you to think through what you mean by generalisations and will also help your readers to understand what you mean. If you want your writing to be impressively obscure, don’t descend from abstraction and use as much jargon as you can.
  • Know what your conclusion is, how your reasons and examples support it and your response to obvious counterarguments and counterexamples. If you don’t know that, how can you expect your readers to work out what you are saying?
  • Don’t bullshit. Most people know when they are doing it. If you don’t, you are probably in the wrong subject.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Contos inacabados de José...

Dias de José


Thiago Oliveira





Enfim, assim se deram os dias de José, desarticulando pernas e peito, o infortúnio foi sendo carregado, e não somente o seu. No final das contas, um médico acabaria sendo procurado, como de costume nesses casos. E assim José dirigiu seus passos para a recordação, não a de quem era, pois essa sempre foge ao mais atento dos sobreviventes, mas para aquela que da dor havia uma marca única.
O diálogo foi curto, o diagnóstico também, e em minutos José descobriu que gastara a eternidade. Suas batidas já não eram mais as mesmas. Os passos as fizeram perder de vista o ritmo da sanidade. Disse-lhe o doutor que a velha engrenagem tem um número aproximado de repetição, em alguns casos esse número se estica, em outros diminui, mas nunca de uma maneira fora do esperado. Somente em casos raros as repetições podem se concentrar de tal forma a gastar-se quase que por completo, restando ao impaciente o silêncio. Mas seu caso era diferente, a engrenagem parou, embora o relógio ainda insistisse em tiquetaquear. Talvez José tivesse duas engrenagens, mas quanto a isso o doutor nada lhe falou. O fato era que possuir passos era impossível para José, embora ainda os possuísse. Coisa que também em nada o doutor explicou.
E quanto as pontadas? Ora, aí estava uma coisa interessante, José também as tinha. Mas como era possível, nem ele nem as pontadas diziam. Os dias de José eram assim, sempre os últimos, porque na ausência de explicação, ficou a mais óbvia, José estava morto. Mas morto de quê? Ora, isso só José poderia dizer. Ou será que o morto diria? Enfim, José vivia assim, morto na rua, morto no bar, morto na praça, morto no ar, morto na mesa, morto por sentar, morto porque José só podia andar.

Se vir José na rua, saiba que a ele você poderá carregar, pois passo por passo, nenhum pode se sustentar sem ser direcionado. Mas a engrenagem bateu. E não bateu qualquer batida, bateu todas as batidas. De uma forma tão intensa e tão rápida que José não pode acompanhar. Agora seus passos eram atrasados, como quem corrigia a direção do nada. Mas de que adianta José? Seus dias são incontáveis, porque em um só dia você contém todos e mesmo assim pode andar todos a contar os dias. Às vezes, José só não queria andar.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Desenhos de crianças sobre o holocausto.

Segue abaixo os desenhos de crianças que sofreram o holocausto nazista. O artigo original está neste link.
Leiam o texto e tentem, por um segundo, se colocar na cabeça dessas crianças...


Terezín, um campo de concentração instalado pelos nazistas na periferia de Praga, que era chamado de "Sala de espera do inferno", foi uma parada sem volta para mais de 150 mil judeus cujo destino final era Auschwitz, 15 mil desses prisioneiros eram crianças e pré-adolescentes.
A artista e educadora Friedl Dicker Brandeis, nascida em Viena, Áustria, dedicou o tempo que passou aprisionada em Terezín para ensinar arte como terapia para muitas das crianças presas com ela. Antes de ser executada, Friedl conseguiu resgatar 450O desses desenhos, que mais tarde serviram como prova em Nuremberg e que dão um testemunho indelével de toda a barbárie do Terceiro Reich.
Friedl conseguiu fazer as crianças recordarem, através dos desenhos, da vida que tinham antes de serem arrancadas de suas casas, mas elas também colocaram no papel toda a triste e horrível realidade do campo de concentração.
Acima de tudo, com a arte, as crianças podiam transportar-se para um mundo de imaginação e fantasia, um mundo onde o bem prevalecia sobre o mal, onde as pessoas eram livres e a esperança, o caminho logo à frente. São inúmeros os desenhos representando a volta para casa, as cenas cotidianas e o desejo de liberdade. Friedl respeitava plenamente a personalidade de cada criança e deixava que elas derramassem e abrissem suas percepções sobre todas as atrocidades que viam no campo de concentração.
Quando a guerra terminou, somente 100 das 15 mil crianças aprisionadas em Terezín, estavam vivas. Muitos dos desenhos tem uma excelente qualidade, levando-se em conta a idade de seus autores. Sem surpresa, algumas daquelas crianças se tornaram artistas de renome. É incrível como até mesmo na mais densa das trevas, uma pequena luz pode surgir, e alçar o espírito humano para a liberdade. Em Terezín, esse raio de esperança chamava-se Friedl Dicker Brandeis!
image
Helga Weissova, 13 anos
Seu desenho conta que os nazistas obrigaram os prisioneiros a cortar os beliches. A intenção era fazer o barracão parecer menos apertado, para enganar a inspeção da Cruz Vermelha. 
 
Ella Liebermann, 16 anos
Mostra como os judeus eram transportados para a morte no gueto de Bedzin, Polônia.
Ella Liebermann, 16 anos
Os filhos são arrancados dos braços de suas mães no gueto de Bedzin, Polônia.
Alfred Kantor, 17 anos
Escreveu sobre seu desenho: "Tocar a cerca significava morte imediata, ainda assim, as pessoas compartilhavam pão, um sorriso… uma lágrima."
Edita Pollakova, de 9 anos
Desenha a chegada do trem de deportação a Terezín. Edita morreu em 4 de outubro de 1944, em Auschwitz. 
Ella Liebermann, 16 anos
Gueto de Bedzin, Polônia.
Helga Weissova, 13 anos
Desenho intitulado: "Chegada a Terezín". Helga chegou ao campo com somente 12 anos. Ela trazia consigo uma caixa de pinturas e um caderno. Helga fez mais de 100 desenhos sobre a vida no campo, seguindo a recomendação de seu pai: "Pinte o que você vê." Ela foi uma das poucas sobreviventes daquele pesadelo.
Helga Weissova, 13 anos
O último desenho de Helga Weissova, feito fora de Terezín em 1945.
Yehuda Bacon, com 16 anos
Ao sair de Terezín, Yehuda desenhou o retrato de seu pai, que havia sido assassinado nas câmaras de gás e cremado em Auschwitz. A face do pai, emerge da fumaça de um forno de cremação.
Liana Franklová, 10 anos
"Todo mundo tem fome", diz a prisioneira em Terezín.


Confira mais sobre este assunto em: ((( TRETA )))

Fallacy Man




domingo, 5 de janeiro de 2014