terça-feira, 30 de julho de 2013

A mais bela de todas as artes.

Bom, todos tem um motivo pra encontrar em todo tipo de arte uma identificação, uma descrição de um momento vivido, de uma vontade, de uma ideia pessoal, enfim, todos procuram motivos para expressar sentimentos, e a arte talvez seja a maior válvula de escape para essas volições internas. A palavra arte vem do latim ars e corresponde ao termo grego techne, técnica, significando: o que é ordenado ou toda espécie de atividade humana submetida a regras. Em sentido lato, significa habilidade, destreza, agilidade. Em sentido estrito, instrumento, ofício, ciência. Seu campo semântico se define por oposição ao acaso, ao espontâneo e ao natural. Por isso, em seu sentido mais geral, arte é um conjunto de regras para dirigir uma atividade humana qualquer.

    O que há de espantoso nas artes é que elas realizam o desvendamento (ou desvelamento) do mundo, recriando o mundo noutra dimensão e de tal maneira que a realidade não está aquém e nem na obra, mas é a própria obra de arte.  A meu ver, não há, nem nunca houve, nem haverá (frase bem complicada) uma arte superior, mais bela, ou capaz de atingir no mais profundo dos seres do que a música. E não importa o gosto musical, desde clássica ao funk, a música permite catarse. O belo, capaz de ser transmitido e acessado pela música, está intimamente ligado a aspectos cognitivos e morais. Assim como transcendo meu mundo via catarse musical, outros o fazem via instrumentos distintos, mas a arte, de modo geral, é aquela que mais permite isso. A música que escuto, traduz a minha alma, a poesia que faço, também, mas a música continua sendo, para mim, a mais bela de todas as artes. Alguns veriam no quadro de Edward Munch – expressionismo alemão - uma maior possibilidade de realizar catarse do que em uma música do Pink Floyd, ou mesmo uma escultura de Michelangelo, ou em um filme com excelente roteiro, ou mesmo em um daqueles cujo objetivo é apenas fazer barulho e entreter a visão, não importa, a sua catarse é a sua catarse, e você sempre encontrará um meio para realizá-la. Enfim, a arte está ai para isso, para nos socorrer de nossos monstros mais terríveis.
Assim como todos, eu também tenho os meus monstros, aqueles que me consomem, aqueles que me perseguem, aqueles que lutam comigo, aqueles que me ajudam, aqueles que me matam. Onde vivem os seus monstros? 


A música me faz lembrar, a música me faz sentir, quem não lembra e não sente, não vive...

Thiago Oliveira



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